StartseiteA Restauração de Portugal (1640-1668): antigas tradições e novas perspectivas

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Veröffentlicht am Mittwoch, 07. Januar 2015

Zusammenfassung

A Restauração, título dado à insurreição que pôs fim a sessenta anos de união dinástica entre o reino lusitano e a monarquia hispânica, é sem dúvida um dos principais eventos da história de Portugal. Não por acaso a escrita da história do movimento de dezembro de 1640 e dos vinte e oito anos de guerra que se lhe seguiram foi objeto de uma intensa instrumentalização política. De bode expiatório dos males do país a estandarte do orgulho nacional, o século XVII português foi durante muito tempo representado segundo as cores de ideologias que não procuravam no passado senão os elementos de justificação de suas doutrinas.

Inserat

Argumento

A Restauração, título dado à insurreição que pôs fim a sessenta anos de união dinástica entre o reino lusitano e a monarquia hispânica, é sem dúvida um dos principais eventos da história de Portugal. Não por acaso a escrita da história do movimento de dezembro de 1640 e dos vinte e oito anos de guerra que se lhe seguiram foi objeto de uma intensa instrumentalização política. De bode expiatório dos males do país a estandarte do orgulho nacional, o século XVII português foi durante muito tempo representado segundo as cores de ideologias que não procuravam no passado senão os elementos de justificação de suas doutrinas.

Foi apenas no curso dos anos 1960 e 1970 que essa extrema politização foi submetida a uma crítica sistemática. A pesquisa conheceu então uma verdadeira renovação, com um notável enriquecimento dos métodos e temáticas. A partir dos anos 1990, o conhecimento sobre o tempo da união dinástica e a Guerra da Restauração se alargou consideravelmente, graças à contribuição de uma geração de historiadores tributários, em boa parte, dos trabalhos de António Manuel Hespanha, e a um processo salutar de internacionalização da historiografia portuguesa.

Os últimos anos assistiram a um novo revigoramento do interesse por esse período, de que são exemplo as numerosas teses doutorais consagradas a assuntos até então pouco conhecidos.

O Colóquio Internacional A Restauração de Portugal (1640-1668). Antigas tradições e novas perspectivas, que terá lugar na Universidade de Évora em 20 de janeiro de 2015, com o apoio do CIDEHUS e da Red Columnaria, se propõe a reunir jovens pesquisadores atualmente devotados ao estudo da Restauração, visando a dar a conhecer os resultados provisórios de suas investigações e promover o debate científico sobre uma época crucial das histórias portuguesa e ibérica.

Programa

9h-9h20 - Abertura, Mafalda Soares da Cunha e Fernanda Olival (Universidade de Évora–CIDEHUS) 

  • 9h20-10h – Conferência Inaugural, Jean-Frédéric Schaub (École des Hautes Études en Sciences Sociales)

Mesa 1 - As tintas da persuasão: a propaganda política na Restauração 

Mediador: Diogo Ramada Curto (Universidade Nova de Lisboa) 

  • 10h-10h20 - Construção de um rei: as imagens de D. João IV, Joana Fraga (École des Hautes Études en Sciences Sociales) 
  • 10h20-10h40 - O bem só é perfeito quando comunicado: a campanha de divulgação de notícias durante a Guerra da Restauração (1640-1668), Daniel Saraiva (Université Paris IV – Sorbonne) 
  • 10h40-11h - Diplomacia e publicação: a experiência da embaixada portuguesa na França em 1641, Daniel Pimenta Oliveira de Carvalho (École des Hautes Études en Sciences Sociales) 

11h-11h30 - Debate

11h30-12h - Pausa

Mesa 2 - Entre a fé e a fidelidade: agentes e estratégias políticas 

Mediador: Ronaldo Vainfas (Universidade Federal Fluminense) 

  • 12h-12h20 - Entre o sangue e a espada. Os significados da prisão de D. Duarte de Bragança na corte filipina (1641-1649), Gustavo Kelly de Almeida (Programa Interuniversitário de Doutoramento em História –CIDEHUS-Universidade de Évora) 
  • 12h20-12h40 - Um Portugal restaurado sem a benção da Santa Sé: reflexos no ultramar português (1640-1668), Camila Corrêa e Silva de Freitas (Universidade de São Paulo) 
  • 12h40-13h - «Como se fossem verdadeiros portugueses». Os missionários teatinos e a Restauração de 1640 no Estado da Índia, José Miguel Moura Ferreira (Programa Interuniversitário de Doutoramento em História –Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa) 

13h-13h30 - Debate

13h30-15h - Almoço 

Mesa 3 - A restauração e a guerra: poderes, fronteiras e identidades 

Mediador: Fernando Dores Costa (ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa) 

  • 15h-15h20 - A Restauração e a guerra no Reino: práticas governativas do Conde de Óbidos na Província do Alentejo e Reino do Algarve (1641-1648), Érica Lôpo de Araújo (Universidade Federal do Rio de Janeiro / CIDEHUS-Universidade de Évora). 
  • 15h20-15h40 Una unión “indivisible”: la frontera y la Guerra de Restauración portuguesa (1640-1668), María José Rodríguez Trejo (Universidad de Extremadura) 
  • 15h40-16h - A raia luso-castelhana na Guerra da Restauração: uma terra em transe. Violência e medo ao quotidiano num conflito dito de baixa intensidade, João Pedro Gomes (École des Hautes Études en Sciences Sociales) 

16h-16h30 - Debate

16h30-17h - Pausa 

17h–Conferência de Encerramento, Diogo Ramada Curto (Universidade Nova de Lisboa)

Orte

  • Universidade de Évora, Colégio do Espírito Santo, Anfiteatro 131
    Evora, Portugal (7000)

Daten

  • Dienstag, 20. Januar 2015

Schlüsselwörter

  • restauração de Portugal, tradição

Kontakt

  • Vaz Freire Madalena
    courriel : mvfreire [at] uevora [dot] pt

Informationsquelle

  • Madalena Vaz Freire
    courriel : mvfreire [at] uevora [dot] pt

Lizenz

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Zitierhinweise

« A Restauração de Portugal (1640-1668): antigas tradições e novas perspectivas », Kolloquium , Calenda, Veröffentlicht am Mittwoch, 07. Januar 2015, https://doi.org/10.58079/rov

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