Na primeira metade do século XX, diferentes equipamentos hospitalares e sanatoriais foram objeto de estudo, discussão, observação e registo sistemático e comparado por parte de médicos e arquitetos. Foi-se formando em torno destes equipamentos de saúde um novo saber, que poderíamos designar de médico-arquitetónico, numa altura que quer a medicina quer a arquitetura se procuravam afirmar no espaço público enquanto saberes autónomos e especializados. Este novo saber médico-arquitetónico assentou em ciclos de acumulação minuciosa de registos médicos, instruções técnicas, programas, desenhos e projectos de arquitetura, em diferentes imagens gráficas e fotográficas, em peças escritas e desenhadas de construções hospitalares e sanatorias, utilizadas na construção de áreas especializadas de conhecimento médico, mas também na afirmação do papel social do arquiteto.

Apresentação

Na primeira metade do século XX, diferentes equipamentos hospitalares e sanatoriais foram objeto de estudo, discussão, observação e registo sistemático e comparado por parte de médicos e arquitetos. Foi-se formando em torno destes equipamentos de saúde um novo saber, que poderíamos designar de médico-arquitetónico, numa altura que quer a medicina quer a arquitetura se procuravam afirmar no espaço público enquanto saberes autónomos e especializados. Este novo saber médico-arquitetónico assentou em ciclos de acumulação minuciosa de registos médicos, instruções técnicas, programas, desenhos e projectos de arquitetura, em diferentes imagens gráficas e fotográficas, em peças escritas e desenhadas de construções hospitalares e sanatorias, utilizadas na construção de áreas especializadas de conhecimento médico, como a pneumologia ou oncologia, mas também na afirmação do papel social do arquiteto. Com este colóquio pretende-se precisamente discutir, através de diferentes estudos de caso, o papel dos equipamentos de saúde e das imagens médicas e/ou arquitetónicas a eles associadas na conquista progressiva de visibilidade social por parte da medicina e da arquitetura.

Organizadores:

• João Paulo Providência (CES)
• Sandra Xavier (DAUC/CRIA)

Oradores:

• André Tavares (Arquiteto),
• Carla Solano (Centro Hospitalar Universitário de Coimbra /CRIA),
• Emanuel Brás (Escola Superior de Artes e Design das Caladas da Rainha),
• Gisele Sanglard (Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, Universidade Severino Sombra),
• Luís Costa (Doutorando em Antropologia-UC /FCT/ CRIA),
• Ricardo Moreira (Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa) e Sara Silva (Arquiteta)

11 de janeiro de 2013

Anfiteatro 1 do Departamento de Antropologia

10h00 | Abertura do Colóquio

10h30 | Tema: Medicina, Arquitetura e Saúde

- Arquitetura para saúde e os projetos de Porto d’Ave para o Rio de Janeiro (1920-1940) | Gisele Sanglard (Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, Universidade Severino Sombra)

- Sanatório das Penhas da Saúde (1927- 1969).Medicina, Arquitetura, Antropologia: Intersecções | Luís Costa (Doutorando em Antropologia/ Universidade de Coimbra/FCT/ CRIA)

- Estância de Férias das Penhas Douradas: Arquitetura, Clima, Tuberculose | Sara Silva (Arquiteta)

- ‘Medicina Ortogonal' ou uma tuberculose de luxo. A Clínica Heliântia de Francelos | André Tavares (Arquiteto)

14h30 | Arquivos, Imagens, Fotografia: produção de conhecimento em medicina e em arquitectura

- O Cancro Republicano e o Arquivo da 1ª Clínica Cirúrgica do Hospital Escolar de Santa Marta (1915-1926) | Ricardo Moreira (Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa)

- f MRI, Corpo e Máquina numa instituição científica do século XXI | Carla Solano (Centro Hospitalar Universitário de Coimbra /CRIA)

- Hospital-Colónia Rovisco Pais: construção do lugar, determinações do olhar | Emanuel Brás (Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha)

Apoio:

• CES,
• CIAS,
• CRIA