InicioA condição humana e o entendimento global: crises, diálogos e diásporas
A condição humana e o entendimento global: crises, diálogos e diásporas
VI Curso internacional de Verão da Escola de Ciências Sociais da Universidade de Évora
Publicado el miércoles 13 de julio de 2016 por João Fernandes
Resumen
Num tempo que perdeu o sentido construtivo das utopias, colocar lado a lado “condição humana” e “entendimento global” corre o risco de ser confundido com uma contradição em termos, como se a condição humana fosse inconciliável com a ideia de diálogo, de partilha, de entendimento global. E todavia, nunca como hoje foi tão premente e vital a redescoberta de caminhos que nos levem a um entendimento global. Mas tal urgência obriga ao redespertar da criação de utopias, ao seu reconhecimento como grandes vias que nos podem resgatar à depressão e ao caos da “sociedade líquida”. A sociedade líquida é a sociedade prisioneira de um tempo só, o do instante, o do imediato. E como nele não há espaço nem para o passado nem para o futuro, nele também não cabem nem memória, nem missão. A sociedade líquida é assim também como um mar de pequenos peixes ciclídeos, prisioneiros da sua incapacidade de reter o erro ou de projectar utopias, tristemente felizes na ilusão de que tudo sabem e de que tudo criam pela primeira vez.
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Apresentação
O Curso Internacional de Verão (CIV) é uma iniciativa da Escola de Ciências Sociais da Universidade de Évora, que decorre entre os dias 5 e 8 de Setembro de 2016 sob o tema “A Condição Humana e o Entendimento Global: Crises, Diálogos e Diásporas”.
Tem início com um colóquio no dia 5 e prolonga-se durante um total de quatro dias com conferênciastemáticas, workshops e ainda um programa cultural rico e diversificado.
Com abertura prevista no magnífico Colégio do Espírito Santo da Universidade de Évora, o Curso Internacional de Verão estende-se depois por outros espaços do centro histórico, mas também da cidade extra e além-muros. Estão programadas sessões em diversos espaços e equipamentos culturais da cidade, no Cromeleque dos Almendres, a cerca de 12 km a oeste de Évora, e também na vila medieval de Monsaraz.
Argumento
Num tempo que perdeu o sentido construtivo das utopias, colocar lado a lado “condição humana” e “entendimento global” corre o risco de ser confundido com uma contradição em termos, como se a condição humana fosse inconciliável com a ideia de diálogo, de partilha, de entendimento global. E todavia, nunca como hoje foi tão premente e vital a redescoberta de caminhos que nos levem a um entendimento global. Mas tal urgência obriga ao redespertar da criação de utopias, ao seu reconhecimento como grandes vias que nos podem resgatar à depressão e ao caos da “sociedade líquida”. A sociedade líquida é a sociedade prisioneira de um tempo só, o do instante, o do imediato. E como nele não há espaço nem para o passado nem para o futuro, nele também não cabem nem memória, nem missão. A sociedade líquida é assim também como um mar de pequenos peixes ciclídeos, prisioneiros da sua incapacidade de reter o erro ou de projectar utopias, tristemente felizes na ilusão de que tudo sabem e de que tudo criam pela primeira vez.
Esta consciência que ainda conseguimos reter sobre a alarmante verdade da nossa condição humana, pode contudo fazer toda a diferença quando se trata de procurar projectar novas utopias e as suas novas linguagens. Será por via desta consciência que, por exemplo, em substituição da já esgotada linguagem multiculturalista (potenciadora dos mosaicos auto-segregados, da reificação de estereótipos, e da cristalização simplificadora de identidades) poderá vingar a nova linguagem da interculturalidade. Nesse exercício, as diásporas enquanto expressões vivas da transformação social e cultural, do encontro de mundivisões, de trajectos e de narrativas, já não serão entendidas como excepções ao estado natural mas sim como o estado natural da condição humana. Urge pois uma nova utopia, a da sociedade- diáspora que não teme viajar nos seus múltiplos tempos, e que é em si espaço de muitos espaços, de muitos encontros e de muitos diálogos.
Programa
5 de SETEMBRO
Colóquio | Sala de Docentes | Colégio do Espírito Santo
09H30 - Recepção dos participantes
10h00 - Sessão de Abertura
- 10h15 - Conferências de Abertura, A. Campillo, Universidade de Murcia, Silvério Rocha e Cunha, Diretor da Escola de Ciências Sociais
12h00 - Debate
12h30 - Almoço
14h30 - Mesa Redonda: Crises, Diálogos e Diásporas
- Isabel Estrada Carvalhais
- Liliana Reis
- Raquel Patrício
16h00 - Debate
17h00 - Visita aos Espaços da Fundação Eugénio de Almeida: Fórum e Páteo de S. Miguel
- Filipa Oliveira
- Rui Carreteiro
20h00 - Jantar Livre
6 de SETEMBRO
Auditório do Fórum Eugénio de Almeida
- 10h00 - Conferências, Sérgio Guerreiro, Turismo de Portugal
Conferencista (a confirmar)
12h00 - Debate
12h30 - Almoço Livre
- 14h30 - Workshop #1: Diálogos
Arte Contemporânea e Património: um diálogo para a cidade
Dinamizadores: Filipa Oliveira e Rui Carreteiro
17h00 - Visitas: Museu de Évora, Ana Cristina Pais
Biblioteca Pública, Antónia Fialho Conde
20h00 - Jantar Livre
21h30 - Ciclo de Cinema | Auditório Soror Mariana
Incendies (2010), de Denis Villeneuve
Apresentação e comentário de Luís Ferro
7 de SETEMBRO
Sala de Docentes | Colégio do Espírito Santo
10h00 - Conferências
- Teresa Tito de Morais, Conselho Português para os Refugiados
- José Adelino Maltez, ISCSP - Universidade de Lisboa
12h00 - Debate
12h30 - Almoço Livre
14h30 - Workshop #2: Diásporas
A Europa e o Mundo: diásporas (re)inventadas
Dinamizadora: Elsa Cristina Vaz
17h00 - Visita ao Cromeleque dos Almendres, António Carlos Silva, DRCA
20h00 - Jantar Livre
21h30 - Ciclo de Cinema | Auditório Soror Mariana
Às cinco da tarde (2003), de Samira Makhmalbaf
Apresentação e comentário, José Manuel Martins
8 de SETEMBRO
Monsaraz
09h00 - Partida para Monsaraz
10h00 - Visita a Monsaraz:
Museu do Fresco; Igreja Matriz; Casa da Inquisição, Duarte Galhós
12h30 - Almoço
15h00 - Jardim das Casas da Universidade em Monsaraz:
Actuação do Grupo Coral de Monsaraz
16h00 - Conferência de Encerramento
- Luís Vieira de Andrade, Universidade dos Açores
17h30 - Partida para Évora
Modalidades de candidatura ao curso
Destinatários: Estudantes e outros investigadores de qualquer ciclo e área de estudos, profissionais e comunidade em geral interessada em conhecer, aprofundar e discutir a problemática do entendimento global desde uma perspetiva plural e atual.
No âmbito das inscrições para o Curso Internacional de Verão, queira proceder à inscrição, utilizando o processo de registo que é efectuado a partir da seguinte ligação: https://sge.uevora.pt/
Inscrições até 30 de julho de 2016
Comissão responsável pela sua seleção das candidaturas
- João Brigola - Departamento de História | ECS (Coordenador)
- Antónia Fialho Conde - Departamento de História | ECS
- Isabel Camisão - Universidade de Coimbra
- Isabel Carvalhais - Universidade do Minho
- Liliana Reis Ferreira - Universidade da Beira Interior
- Marco Baptista Martins- Departamento de Economia | ECS
- Raquel Patrício - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas
- Rosalina Pisco Costa - Departamento de Sociologia | ECS
- Maria do Rosário Borges - Departamento de Sociologia | ECS
Inscrições
Categorías
- Estudios políticos (Categoría principal)
- Sociedad > Sociología
- Sociedad > Geografía > Migraciones, inmigraciones, minorías
- Sociedad > Etnología, antropología
- Sociedad > Geografía
- Sociedad > Historia
- Sociedad > Economía
Lugares
- Colégio do Espírito Santo - Universidade de Évora - Largo dos Colegiais, 2
Evora, Portugal (7000-516)
Fecha(s)
- sábado 30 de julio de 2016
Archivos adjuntos
Palabras claves
- condição humana, entendimento global, crises, diálogos, diásporas
Contactos
- João Brigola
courriel : joaobrigola [at] uevora [dot] pt
URLs de referencia
Fuente de la información
- Rosalina Costa
courriel : rosalina [at] uevora [dot] pt
Para citar este anuncio
« A condição humana e o entendimento global: crises, diálogos e diásporas », Escuela temática, Calenda, Publicado el miércoles 13 de julio de 2016, https://calenda.org/372204