A partir da década de 80 do século passado, os Caminhos de Santiago experimentam uma nova visibilidade internacional de causalidade multifacetada. O interesse das entidades públicas da Galiza por promover o turismo e a imagem do território, a redinamização da construção europeia ou, ainda no quadro da Guerra Fria, a ativa intervenção de promoção da Igreja católica, fizeram com que os Caminhos de Santiago passaram a se converter numa realidade muito presente em numerosos territórios peninsulares e europeus atravessados pelos diferentes itinerários. No Congresso Internacional Comunidades Locais e Caminhos de Santiago. Ameaças e alianças pretende-se colocar a debate e avançar no conhecimento acerca das relações que se estabelecem entre as comunidades locais e o fenómeno jacobeu, assunto porventura menos estudado.

Apresentação

A partir da década de 80 do século passado, os Caminhos de Santiago experimentam uma nova visibilidade internacional de causalidade multifacetada. O interesse das entidades públicas da Galiza por promover o turismo e a imagem do território, a redinamização da construção (também identitária) europeia (da hoje União Europeia) ou, ainda no quadro da Guerra Fria, a ativa intervenção de promoção da Igreja católica, fizeram com que – com data emblemática no evento Xacobeo de 1993 – os Caminhos de Santiago passaram a se converter numa realidade muito presente em numerosos territórios peninsulares e europeus atravessados pelos diferentes itinerários.

No Congresso Internacional Comunidades Locais e Caminhos de Santiago. Ameaças e alianças pretende-se colocar a debate e avançar no conhecimento acerca das relações que se estabelecem entre as comunidades locais e o fenómeno jacobeu, assunto porventura menos estudado. Assim, colocam-se questões como as seguintes:

• O que pensam as comunidades locais dos Caminhos?
• O fluxo de pessoas peregrinas aumenta a autoestima e reforça a identidade própria das comunidades ou é perturbador?
• Mudou o seu modo de vida? Melhorou ou piorou?
• É um incentivo para a economia e a produção local?
• Qual é a oferta gastronómica; artesã; cultural?
• Qual é a imagem de quem visita sobre o visitado? E vice-versa?

Estas e muitas outras perguntas pretendem ser objeto de análise num momento crucial, pela dinâmica gerada pelos Caminhos nos últimos trinta anos e pola situação pandémica e pós-pandémica. A visita, a peregrinação são uma aliança ou uma ameaça para as comunidades locais?

Linhas temáticas

• Turismo sustentável e turismo responsável
• Turismo e comunidades locais
• Caminho e comunidades locais
• Impactos económicos, ambientais, culturais nas comunidades locais
• Produção local e regional e visitantes
• Políticas culturais e turísticas locais
• Tecnologias aplicadas à análise da interação entre caminho, turismo e comunidades locais
• Outros itinerários e comunidades locais

Submissão de propostas

Datas: 27-30 outubro 2021

Local do evento: Faculdade de Filologia – Universidade de Santiago de Compostela

Modalidade : presencial

Submissão de propostas: Proposals due to: até 3 setembro 2021

Entidades organizadores

Galabra USC; Galabra-UMinho, Center for Humanistic Studies(UMinho), UniRitter — HECSA.

Comissão organizadora

• Álvaro Iriarte Sanromán (UMinho),
• Beatriz Busto Miramontes (USC), Carlos Pazos-Justo, coord. (UMinho), 
• Emilio V. Carral Vilariño(USC), Raquel Bello Vázquez (UniRitter),
• Susana Sotelo Docío (USC) e Zósimo LópezPena (UNIR).

Comissão científica

• Antón Corbacho Quintela (Federal University of Goiás),
• Belchior Canivete (ARPAC-Sociocultural Research Institute [Mozambique]),
• Carlos Fernandes (Polytecnical Institute of Viana do Castelo),
• Cristina Martínez Tejero (University of Santiago de Compostela),
• Cristina Sánchez Carretero (SuperiorScientific Research Council),
• Elias J. Torres Feijó (University of de Compostela),
• Filipa Fernandes (University of Lisboa),
• Iria Caamaño (University of A Coruña),
• J.Cadima Ribeiro (University of Minho),
• Jordi Gascón (University of Barcelona),
• MaríaAndrade (University of A Coruña),
• Marisa del Río Araújo (University of Santiago deCompostela),
• María Felisa Rodríguez Prado (University of Santiago deCompostela),
• Paula Remoaldo (University of Minho),
• Raquel Bello Vázquez (Ritterdos Reis University Center),
• Roberto Samartim (University of A Coruña)(coordinator),
• Rubén Lois (University of Santiago de Compostela),
• Xerardo Pereiro(University of Trás-os-Montes and Alto Douro)
• Xosé Manuel Santos Solla(University of Santiago de Compostela).