InicioMemórias, rumos e perspectivas dos estudos sobre a diversidade sexual e de gênero

InicioMemórias, rumos e perspectivas dos estudos sobre a diversidade sexual e de gênero

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Publicado el lunes 05 de marzo de 2012

Resumen

Os/as pesquisadores/as reunidos/as na Universidade Federal do Rio Grande do Norte decidiram que é chegada a hora de realizar uma reflexão cuidadosa sobre o “estado da arte” dos estudos já realizados em nosso país e, com isso, apontar as lacunas desses trabalhos e quais são as perspectivas para o futuro. Com base nessa decisão, a diretoria da ABEH, responsável pela organização do VI Congresso, elaborou a programação geral, que contará com a realização de uma conferência de abertura e três grandes mesas redondas, além da apresentação de cerca de 300 artigos, subdivididos em 10 grupos de trabalho (Artes, Comunicação, Educação, Histórias, sociabilidades e etnografias, Literatura, Políticas, Religiões, Saúde, Subjetividades e Direitos).

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Começou a submissão de propostas para o VI Congresso Internacional de Estudos sobre a Diversidade Sexual e de Gênero da ABEH, que ocorrerá dias 1º, 2 e 3 de agosto de 2012, na Universidade Federal da Bahia, Salvador, Brasil.

É possível propor mesas coordenadas, trabalhos individuais ou intervenções artísticas até 31 de março de 2012.

Público alvo:

Pesquisadores(as), estudantes de graduação e pós-graduação, funcionários(as) públicos, militantes e demais profissionais e interessados na área da diversidade sexual e de gênero.

Apresentação

O VI Congresso Internacional de Estudos sobre a Diversidade Sexual e de Gênero da ABEH, por deliberação da última assembleia geral realizada em Natal, contará com o tema “Memórias, rumos e perspectivas dos estudos sobre a diversidade sexual e de gênero”. O evento será realizado na Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador/BA, dias 1º, 2 e 3 de agosto de 2012, e deve reunir cerca de 500 pessoas, entre palestrantes, apresentadores/as de trabalhos e ouvintes.

Os/as pesquisadores/as reunidos/as na Universidade Federal do Rio Grande do Norte decidiram que é chegada a hora de realizar uma reflexão cuidadosa sobre o “estado da arte” dos estudos já realizados em nosso país e, com isso, apontar as lacunas desses trabalhos e quais são as perspectivas para o futuro. Com base nessa decisão, a diretoria da ABEH, responsável pela organização do VI Congresso, elaborou a programação geral, que contará com a realização de uma conferência de abertura e três grandes mesas redondas, além da apresentação de cerca de 300 artigos, subdivididos em 10 grupos de trabalho (Artes, Comunicação, Educação, Histórias, sociabilidades e etnografias, Literatura, Políticas, Religiões, Saúde, Subjetividades e Direitos). Os artigos apresentados serão selecionados por uma comissão científica composta por 36 doutores/as que estudam há vários anos as sexualidades e os gêneros.

A conferência de abertura terá como tema Apontamentos críticos sobre os estudos da diversidade sexual e de gênero. O objetivo será o de tratar sobre quais foram os principais autor@s e perspectivas teóricas que influenciaram os primeiros estudos sobre a diversidade sexual e de gênero, realizar uma avaliação crítica dessas pesquisas e apontar quais são as perspectivas atuais e futuras dos trabalhos sobre essas temáticas. Para realizar essa conferência, convidamos a pesquisadora Jack/Judith Halberstam (Estados Unidos), autor de vários livros e artigos sobre a diversidade sexual e de gênero. Halberstam é hoje um dos mais produtivos e criativos pesquisadores da área.

A mesa redonda Dos pioneiros aos dias atuais: a trajetória e desafios dos estudos sobre a diversidade sexual e de gênero no Brasil deve refletir sobre quais foram as áreas do saber pioneiras nos estudos sobre a diversidade sexual e de gênero no Brasil e sobre quais as outras áreas que nos últimos anos passaram a estudar a temática. O objetivo é o de pensar sobre se e como @s pesquisador@s têm enfrentado o desafio de realizar trabalhos inter/multi/transdisciplinares. Para compor essa mesa, convidamos os pesquisadores Sérgio Carrara (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e Mário Lugarinho (Universidade de São Paulo) e as pesquisadoras Tânia Swain (Universidade de Brasília) e Berenice Bento (Universidade Federal do Rio Grande do Norte). Tod@s possuem ampla experiência nos estudos da área.

Uma avaliação dos estudos sobre a diversidade sexual e de gênero na América Latina hoje é o tema de outra mesa redonda, que deve realizar uma avaliação mais específica sobre os estudos gays, lésbicos, bi, trans, intersex e queer no Brasil e em demais países da América Latina, apontando quais as maiores contribuições desses estudos e quais serão as perspectivas futuras desses trabalhos. Será composta por Mauro Cabral (pesquisador e ativista intersex da Argentina) e Antônio Marquet (pesquisador e professor no México) e Guilherme Almeida (pesquisador transexual da Universidade do Estado do Rio de Janeiro).

Já na mesa redonda Estudos e políticas para a diversidade sexual e de gênero: colaborações e tensões objetivamos discutir as relações entre os estudos da diversidade sexual e de gênero, os movimentos sociais e as políticas identitárias e pós-identitárias. Participantes confirmados são: Ana Cristina Santos (pesquisadora, ativista e professora da Universidade de Coimbra – Portugal), Elisabeth Vasquez (advogada e uma das fundadoras do Movimento Trans do Equador), Rafael de la Dehasa (pesquisador e professor da Universidade de Nova York – Estados Unidos) e Luiz Mello (professor e pesquisador da Universidade Federal de Goiás).

Eixos Temáticos

Artes

Aceita trabalhos que discutam tradição e contemporaneidade na representação do homoerotismo; poéticas e estéticas, corporalidades e sexualidades no cinema, dramaturgia, dança, encenação, artes visuais, performance, moda e intervenção urbana.

Comunicação

Aceita trabalhos que tratem das relações entre as variadas mídias - televisão, jornais, revistas, rádio, cinema e internet - e a diversidade sexual e de gênero, e como essas mídias têm marcado posições de sujeitos a partir de categorias de diferenciação e da intersecção entre gênero, sexualidade, raça/cor e outros marcadores sociais. Também contempla trabalhos que abordem as relações entre os movimentos sociais, as políticas identitárias e/ou pós-identitárias e a comunicação.

Educação

Acolhe trabalhos que discutam as questões de diversidade sexual e de pluralidade de expressões de gênero na sua relação com processos pedagógicos de múltiplos tipos, em particular as pedagogias de produção das masculinidades e das feminilidades, assim como as pedagogias de produção dos corpos e das sexualidades. Estimula-se que os trabalhos tomem como temáticas as memórias, os rumos, as tensões e as perspectivas dos movimentos LGBT, das instituições escolares, dos produtos da mídia, das políticas públicas e das instituições de formação de professores e professoras. A interface destes temas com outros movimentos sociais que tomem como questão política as relações de gênero e a(s) sexualidade(s), no Brasil ou no cenário internacional, também fazem parte do escopo deste eixo.

Histórias, sociabilidades e etnografias

Reúne trabalhos que reflitam como as práticas e representações sobre as sexualidades, os corpos e as relações de gênero são vivenciadas nos processos históricos, contingentes, estruturais e estruturantes. É considerado de especial interesse o debate sobre interseccionalidades e articulações entre gênero, raça/etnia, sexualidade, quer seja na perspectiva local, quer seja nos processos migratórios, quer seja no mercado do sexo.

Literatura

Acolhe a história da literatura gay no Brasil. Retratos da ficção e da poesia nos tempos modernos e na atualidade sobre as identidades gays em histórias, memórias e recepções. Estudos críticos e teóricos que permitam aferir os paradigmas e as desconstruções entre o estético e os contextos regentes. Expressões homoculturais latino-americanas, estadunidenses, na Europa e na região anglo-saxã em textualidades do literário: diálogos, representações e a cultura queer.

Políticas: convergências/dissidências/encaixes/desencaixes

Busca tematizar e problematizar dois grandes conjuntos de processos e questões. O primeiro diz respeito às múltiplas interseções entre Estado, corpo, identidade e constituição de sujeitos políticos, cobrindo aspectos tais como: regulação/disciplinamento Vs. liberdade/autonomia; políticas identitárias/identidades políticas e governo das diferenças e políticas de gestão da vida; políticas sexuais como globalidades e localidades; políticas para além do Estado (ou seja, para além das leis e das instituições formais), estados de exceção, bem como formações hegemônicas e antagonismos plurais contemporâneos. O segundo conjunto se refere ao avesso das políticas sexuais, ou seja, o âmbito das tensões que se desenrolam no interior das fronteiras da própria política sexual. Esse segundo eixo deve cobrir temas como: os desencontros e conflitos entre pautas identitárias, divergências epistemológicas, adesão e dissidência frente a formação dos discursos políticos (científicos e/ou governamentais) acerca das sexualidades ou mesmo re-definições nos terrenos da ética, do reconhecimento ou mesmo da inteligibilidade a partir das prescrições das sexualidades e dos gêneros e suas contestações.

Religiões

Busca discutir as religiões e as suas relações com a diversidade sexual e o gênero desde uma perspectiva interdisciplinar e interreligiosa, através de pesquisas que investiguem de que forma os discursos e práticas religiosas das instituições religiosas atuam na compreensão e configuração das identidades e papéis sexuais e de gênero, bem como a relação entre essas questões e o fenômeno religioso vivido na realidade brasileira de forma mais ampla. Encoraja-se a inscrição de trabalhos de tradições religiosas não-cristãs, bem como estudos que reflitam sobre práticas religiosas construídas a partir de práticas não-heteronormativas.

Saúde

Acolhe trabalhos sobre saúde, cidadania e direitos sexuais de LGBTTTI. Políticas públicas e acesso ao sistema de saúde. Vulnerabilidades, formas de discriminação, violência e modos de vida de LGBTTTI. Corpos, prazeres, subjetividades e o problema da medicalização da vida.
Subjetividades
Acolhe trabalhos que explorem articulações entre os registros do sujeito e da sexualidade, tendo como foco as formas da experiência subjetiva na contemporaneidade e a investigação das suas condições de possibilidade e dos seus limites, em especial na medida em que tal investigação coloque em questão modelos hegemônicos de codificação e normatização das relações entre sujeito, sexo e verdade. Serão priorizados trabalhos que tomem como ponto de partida experiências da diversidade sexual vinculadas à realidade brasileira e suas condições sócio-históricas.

Direitos

Acolhe trabalhos no campo jurídico e das ciências sociais e antropologia que tragam reflexões sobre reconhecimento e distribuição de direitos, estratégias alternativas do alcance dos mesmos em relação à articulação entre movimentos sociais e Estado, bem como estudos e/ou relatos de experiências de instituições ligadas à efetivação de direitos sexuais como, por exemplo, os centros de referência em diretos humanos voltados à LGBT, entre outras iniciativas.

Subjetividades

Acolhe trabalhos que explorem articulações entre os registros do sujeito e da sexualidade, tendo como foco as formas da experiência subjetiva na contemporaneidade e a investigação das suas condições de possibilidade e dos seus limites, em especial na medida em que tal investigação coloque em questão modelos hegemônicos de codificação e normatização das relações entre sujeito, sexo e verdade. Serão priorizados trabalhos que tomem como ponto de partida experiências da diversidade sexual vinculadas à realidade brasileira e suas condições sócio-históricas.

Submissão de trabalhos

Para realizar a submissão o participante, primeiramente, deve se cadastrar. Logo em seguida deve acessar o sistema (link no menu lateral esquerdo) e entrar no item Submissão de Atividades.

As pessoas interessadas em apresentar trabalhos, mesas coordenadas ou intervenções artísticas no congresso deverão enviar os resumos das suas propostas diretamente para os eixos/comissões, através deste site, no período de 1º de fevereiro a 31 de março de 2012. Os resumos devem ter entre 200 e 300 palavras e de 3 a 5 palavras-chave. As propostas de mesas coordenadas devem ser enviadas apenas por uma pessoa e conter a apresentação de três ou quatro trabalhos com os resumos de cada um deles. As propostas de intervenções artísticas também devem ser enviadas para os eixos/comissões e, nestes casos, toda a estrutura para a realização das apresentações deve ser viabilizada pelos proponentes. Cada pessoa pode submeter até duas propostas de trabalhos para o Congresso.

Resultado da seleção dos trabalhos: 16 de abril de 2012.

Envio dos artigos completos para publicação nos anais: 31 de maio de 2012.

 

Categorías

Lugares

  • Instituto de Humanidades, Artes e Ciências / UFBA
    Salvador, Brasil

Fecha(s)

  • sábado 31 de marzo de 2012

Contactos

  • ABEH #
    courriel : abehsalvador [at] gmail [dot] com

Fuente de la información

  • Marta Maia
    courriel : martamaia72 [at] yahoo [dot] fr

Licencia

CC0-1.0 Este anuncio está sujeto a la licencia Creative Commons CC0 1.0 Universal.

Para citar este anuncio

« Memórias, rumos e perspectivas dos estudos sobre a diversidade sexual e de gênero », Convocatoria de ponencias, Calenda, Publicado el lunes 05 de marzo de 2012, https://doi.org/10.58079/kef

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