HomePaisagem e património II
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Published on Monday, March 04, 2013
Abstract
Paisagem e Património II (2012-2013) tem como fio condutor as metamorfoses da paisagem e os consequentes efeitos de patrimonialização, que nos propomos analisar e discutir pelo prisma da técnica e da deslocação (individual ou colectiva). No decurso das décadas de 1970/80, num contexto de profundas transformações económicas e sociais, na cultura ocidental a conservação e a transmissão dos patrimónios materiais e imateriais passa a estar associada às questões da memória e da pertença identitária. Abandonada durante cinquenta anos, a paisagem seria reabilitada no decurso da década de 1980, quando se começou a pôr em causa o modelo de crescimento dominante e os seus impactos desastrosos para o ambiente.
Announcement
Apresentação
Há 25 anos, o centro histórico da cidade de Évora foi classificado Património Mundial da Humanidade. Para comemorar esta data importante, o Centro de História da Arte e de Investigação Artística / CHAIA da Universidade de Évora propõe a criação de um Seminário Interdisciplinar de Investigação sobre Paisagem e Património. 2011 é também o ano em que a Universidade de Évora comemora o 30° aniversário da criação da sua licenciatura de arquitectura paisagista. Com a licenciatura criada no mesmo ano (1981) pelo Instituto Superior de Agronomia em Lisboa, este diploma marca o início do ensino autónomo da disciplina em Portugal.
O Seminário abre um espaço de reflexão em torno de dois conceitos hoje sobre expostos, devido às importantes implicações económicas que lhes estão associadas. No decurso das décadas de 1970/80, num contexto de profundas transformações económicas e sociais, a noção de património impõe-se junto do grande público. A partir dessa altura, na cultura ocidental, a conservação e a transmissão dos patrimónios materiais e imateriais passa a estar associada às questões da memória e da pertença identitária. Para o historiador francês Pierre Nora, a ruptura definitiva com as antigas tradições rurais e urbanas marca um ponto de viragem na nossa relação com o conceito de património. A perda das marcas identitárias conduz à era do “tudo é património”, que o historiador define como a passagem de um património de estado e nacional (herdado) para um património de tipo social e comunitário (reivindicado). Por outras palavras, o património sai da sua época (idade) histórica para entrar numa época (idade) memorial e as noções de memória e de identidade passam a ser indissociáveis do próprio termo de património.
A noção de que “tudo é património”, em torno da qual entretanto se construiu um importante sector da economia baseado no turismo cultural, encontra o seu equivalente na “omnipaisagem” descrita por Michael Jakob. Hoje em dia, o território também está na moda. Abandonado durante cinquenta anos, a paisagem seria reabilitada no decurso da década de 1980, quando se começou a pôr em causa o modelo de crescimento dominante e os seus impactos desastrosos para o ambiente. As iniciativas políticas tomadas pelos diferentes países europeus acabariam por inspirar uma política transnacional e por produzir uma ferramenta comum, a Convenção Europeia da Paisagem, que Portugal ratificou em 2005.
Neste Seminário dedicado à polissemia e às variadíssimas representações associadas aos conceitos de Paisagem e de Património debater-se-ão, de maneira aprofundada e numa perspectiva interdisciplinar, os valores estético, emocional e de usos que lhes subjazem bem como os aspectos político, económico, cultural que regem a evolução destes dois conceitos ao longo do tempo.
Paisagem e Património II (2012-2013) tem como fio condutor as metamorfoses da paisagem e os consequentes efeitos de patrimonialização, que nos propomos analisar e discutir pelo prisma da técnica e da deslocação (individual ou colectiva). No decurso das décadas de 1970/80, num contexto de profundas transformações económicas e sociais, na cultura ocidental a conservação e a transmissão dos patrimónios materiais e imateriais passa a estar associada às questões da memória e da pertença identitária. Abandonada durante cinquenta anos, a paisagem seria reabilitada no decurso da década de 1980, quando se começou a pôr em causa o modelo de crescimento dominante e os seus impactos desastrosos para o ambiente.
Organização: CHAIA – Centro de História da Arte e de Investigação Artística, Universidade de Évora
Parceria: Universidade de Sorbonne Nouvelle - Paris 3; Biblioteca de Arte, Fundação Calouste Gulbenkian
Concepção, coordenação, textos: Isabel Lopes Cardoso (CHAIA/UÉ)
Direcção científica:
- Aurora Carapinha (Linha Paisagem e Estética da Paisagem, CHAIA/UÉ),
- Ilda Mendes dos Santos(Universidade de Sorbonne-Nouvelle, Paris III),
- Isabel Lopes Cardoso (Linha Paisagem e Estética da Paisagem, CHAIA/UÉ),
- Paulo Simões Rodrigues (Linha História da Arte, CHAIA/UÉ),
- Rute Sousa Matos (Linha Paisagem e Estética da Paisagem, CHAIA/UÉ)
Bibliografia: Ana Barata (Biblioteca de Arte/Fundação Calouste Gulbenkian)
Maquetes: Rute Sousa Matos
Secretariado: Carmen Cangarato
Programa
Sexta-feira, 15 de Fevereiro
(sala 242, CES, Colégio Espírito Santo, Universidade de Évora)
das 17:00h às 19:30h
Gestos de Cor - Sinais da terra: registos da transformação da paisagem na arte portuguesa. Os paraísos de Teresa Magalhães.
Conferência e debate
- Teresa Magalhães [Pintora]
- Isabel Lopes Cardoso [Historiadora de Arte, Investigadora, CHAIA/UÉ]
Moderação
- Aurora Carapinha [Arquitecta Paisagista, CHAIA/UÉ, Directora Regional de Cultura do Alentejo]
- Paulo Simões Rodrigues [Historiador de Arte, Director do CHAIA/UÉ]
sexta-feira, 22 de Março
(sala 242, CES, Évora)
Luz remota – paisagens vindouras
Duarte Belo licenciado em arquitectura, fotógrafo, autor do corpo documental fotográfico de Portugal – O Sabor da Terra, Portugal Património, Portugal - Luz e sombra, o país depois de Orlando Ribeiro, e do projecto Horizonte Portugal (www.horizonteportugal.org)
Moderação :
- Miguel Padeiro,
- Aurora Carapinha (a confirmar).
sexta-feira, 19 de Abril
(sala 131, CES, Évora)
De "Transurbana", "Memória de Água", "Aldeia da Luz", "Paradise Troll", "Dog’s City", a "Vestígios"
Luís Campos , médico, fotógrafo, vive e trabalha em Lisboa, membro do grupo "Ether" (1982), medalha do Conseil Général des Hauts de Seine no Salon d’Art Contemporain de Montrouge (2002).
Moderação :
- Rute de Sousa Matos,
- Isabel Lopes Cardoso.
sexta-feira, 24 de Maio
(sala 131, CES, Évora)
A paisagem na fotografia em Portugal / sobre Portugal
Maria do Carmo Serén, investigadora do CITCEM, Centro de Investigação Interdisciplinar Cultura, Espaço e Memória, da Universidade do Porto.
Moderação :
- Pedro Lobo (a confimar),
- Paulo Simões Rodrigues.
sexta-feira, 31 de Maio
(sala 131, CES, Évora)
Ce que cachent les paysages de votre voyage: Paris-Lyon et Paris-Marseille vu du rail
Gilles Chabot, controlador dos caminhos de ferro franceses, fotógrafo, pintor.
Moderação :
- Ana Cardoso Matos (a confirmar),
- Isabel Lopes Cardoso.
Subjects
- History (Main category)
- Mind and language > Representation > History of art
- Mind and language > Representation > Heritage
- Mind and language > Representation > Architecture
Places
- CHAIA - Centro de História de Arte e Investigação Artística - Palácio do Vimioso, Largo Marquês de Marialva, 8
Evora, Portugal (7000-809)
Date(s)
- Friday, February 15, 2013
- Friday, March 22, 2013
- Friday, April 19, 2013
- Friday, May 24, 2013
- Friday, May 31, 2013
Contact(s)
- CHAIA - Centro de História de Arte e Investigação Artística
courriel : chaia [at] uevora [dot] pt
Reference Urls
Information source
- Marta Maia
courriel : martamaia72 [at] yahoo [dot] fr
License
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« Paisagem e património II », Miscellaneous information, Calenda, Published on Monday, March 04, 2013, https://calenda.org/241212